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terça-feira, 24 de julho de 2018

Olha aí mais um Encontro com Deus!


Culto de Oração !



Isso aí, todas as segundas-feiras, às 19h30 min ! 
Não deixem de participar !

O princípio da Tolerância na vida da Igreja

Texto: Romanos 14:1-12 


Se há um encargo no seu coração pela edificação da Igreja você deve estar atento para algo que tem o poder de destruir vida da Igreja: é a intolerância.
Falar de intolerância dentro da igreja torna-se um pouco difícil por causa da mentalidade desse século. No mundo a tolerância tem sido exaltada como a maior virtude de todas. Para os pensadores e intelectuais desse mundo a intolerância é o único pecado que não pode ser tolerado.
O que a nossa cultura moderna realmente ensina é a “neutralidade forçada”. Eles rejeitam qualquer um que se opõe ao pensamento prevalecente da sociedade. Isso evidentemente não é uma tolerância genuína. Se alguém me pergunta, por exemplo, o que eu penso do islamismo, eu diria que o ensinamento deles é frontalmente contra o ensinamento do cristianismo, mas defendemos o direito de um muçulmano de praticar livremente a sua religião. Isso é a tolerância legítima.
Mas o que o mundo quer que falemos é algo do tipo: “Bem, nós pensamos que o islamismo é tão verdadeiro e válido para conhecer a Deus, como qualquer outra religião, inclusive o cristianismo”. Isso é “neutralidade forçada”.
Como o conceito de tolerância é definido como um tipo de neutralidade forçada, as pessoas sempre vêm os cristãos como intolerantes. A verdade é que as únicas pessoas que não são toleradas hoje são os cristãos genuínos. É assim porque tolerante no mundo é alguém que não acredita em coisa alguma; se defendemos uma fé logo somos taxados de intolerantes.
Por causa disso muitos crentes rejeitam a tolerância em nome de sua fé e por isso não se importam de serem chamados de intolerantes. No entanto a tolerância é uma virtude quando colocada no seu próprio contexto.
O contexto a que me refiro é a vida dentro da igreja, dentro da comunidade dos salvos. Quando somos intolerantes com os nossos irmãos nós destruímos a vida da Igreja.

1. O princípio da tolerância - Rm. 14:1

Na igreja de Roma havia dois grupos que Paulo chama de os “fracos na fé” e os “fortes na fé”.
O objetivo de Paulo é que os irmãos aceitassem aqueles que eram fracos na fé. Aceitar aqui é mais que apertar a mão ou dar um sorriso, é tratar o outro como um irmão genuíno e acolhê-lo na comunhão da igreja.
Paulo deseja que essa aceitação seja genuína. Não é aceitar para depois tentar mudar o outro, é ter uma tolerância genuína, é conviver com o irmão mesmo tendo opiniões diferentes da dele.
O que realmente devemos tolerar? Paulo diz que devemos tolerar diferenças quando se trata de “assuntos controvertidos” e de coisas secundárias na fé.

2. O que devemos tolerar? - Rm. 14:2-3

Que tipo de comportamento ou ensino nós devemos tolerar dentro da Igreja? A tolerância possui algum limite? Devemos tolerar problemas morais? Essas são questões importantes que definem os limites da nossa atitude de tolerância.
No verso 2 Paulo esclarece que o fraco na fé é aquele cuja fé é frágil e ele não se sente confiante e seguro para fazer certas coisas. Sua fé em Cristo é real, mas a sua consciência o acusa por fazer certas coisas que outros irmãos fazem sem qualquer constrangimento.
Os fracos na fé na Igreja de Roma eram aqueles que não comiam carne, mas apenas vegetais, e consideravam alguns dias mais santos que outros.
Os primeiros cristãos eram quase que exclusivamente judeus nos primeiros anos do cristianismo. Eles não pensavam que tinham mudado de religião, por isso continuavam guardando o sábado e observando as leis judaicas da dieta. Logo muitos gentios se converteram e desde o início receberam o ensino de que não precisavam guardar essas coisas. Isso produziu um grande conflito. Os dois grupos ficavam constantemente tentando mudar a opinião do outro. A igreja se tornou um lugar cheio de debates e controvérsias.
A lei do Antigo Testamento em nenhum lugar proíbe de comer carnes. Ela proíbe comer certos tipos de carne, como carne de porco, mas permite outras carnes, como frango e carne bovina. Com o passar do tempo surgiram muitas tradições entre os judeus de como o animal deveria ser morto, de como a carne deveria ser cortada e assim por diante. Como eles não sabiam se a carne vendida nos mercados seguia os regulamentos religiosos eles concluíram que a coisa mais certa a se fazer era se abster completamente de carne.
Paulo vê esses cristãos como “fracos na fé”. Agora não há nenhuma evidência de que estes cristãos judeus estavam fazendo essas coisas com o fim de serem salvos. Se eles estivessem fazendo isso Paulo teria dito que eles estavam seguindo um falso evangelho, como ele disse os judaizantes no livro de Gálatas.
Parece que eles simplesmente não se sentiam em paz de contrariarem tudo o que tinham aprendido desde a infância.
Os cristãos que não tinham essa consciência fraca são descritos como “fortes na fé”. Para eles Paulo diz no verso 3 para não desprezar os fracos como se fossem inferiores; e aos fracos ele diz para não julgar os que comem como se fossem carnais.
O que encontramos aqui não é o legalismo judaizante que encontramos na carta de Paulo aos Gálatas, onde alguns cristãos judeus estavam ensinando que todos tinham que abraçar a lei de Moisés, a fim de serem salvos. O que encontramos aqui é uma diferença honesta de opinião, e embora Paulo tenha suas próprias convicções como alguém forte na fé, ele admite que há espaço para a diferença honesta de opinião sobre como melhor aplicar as verdades da Palavra de Deus.
O princípio aqui é que devemos ser tolerantes quando há uma diferença de opinião sobre a aplicação de uma verdade bíblica. O ensino de Paulo é que precisamos ser tolerantes a respeito de doutrinas que não são essenciais ou fundamentais na fé cristã.
Entre os Gálatas havia pessoas ensinando um outro evangelho. Eles ensinavam que para ser salvo o homem tinha de, além de crer em Jesus, guardar a lei de Moisés. Assim aos gálatas Paulo é bem contundente, pois aquilo era uma heresia, um falso evangelho. Mas em Roma, alguns cristãos simplesmente não se sentiam confortáveis comendo todo tipo de comida e adorando em qualquer outro dia. Portanto, neste caso, Paulo incentiva a tolerância. Quando há uma doutrina cristã essencial da fé em jogo, como discípulos de Jesus, precisamos permanecer firmes.
Tolerância cristã também não é tolerância em áreas de claros absolutos morais. A Bíblia claramente ensina que existem valores morais absolutos. Alguns cristãos pensam que a tolerância significa abrir mão de valores morais absolutos. Hoje existem igrejas, por exemplo, que aceitam homossexuais praticantes em sua comunhão sendo que a Bíblia ensina claramente que o comportamento homossexual é inaceitável diante de Deus. Não é isso que Paulo está nos encorajando a fazer aqui. Ninguém tem o direito de diluir os claros ensinamentos morais da Palavra de Deus.
A questão da dieta e dias ainda produzem debates até hoje. Outro dia ouvi de uma igreja que ensina que o culto aos domingos é a marca da besta do livro de Apocalipse. Mesmo no Brasil existem muitos grupos evangélicos messiânicos que guardam o sábado e a dieta judaica.
Mas existem muitas outras áreas em nossa igreja local e no meio evangélico onde devemos aplicar o princípio da tolerância.
n   A questão do tipo de batismo
n   A questão do uso do véu
n   A questão de guardar o sábado ou o domingo
n   A questão da perda de salvação
n   A questão do consumo de bebida alcoólica
Esse é o debate entre os que defendem o consumo moderado e os que defendem a abstinência completa. Ambos concordam que a Bíblia condena a embriaguez, mas precisam tolerar um ao outro.

n   A questão do estilo de adoração
Este debate é entre se uma igreja deve ter um estilo de adoração tradicional ou um estilo de adoração contemporânea. Ambos os lados concordam que a adoração a Deus é importante, mas precisam tolerar o estilo um do outro.

n   A questão do divórcio e novo casamento
Um grupo acredita que não há segundo casamento; o outro crê que pode haver segundo casamento no caso de traição. Há diferentes opiniões e não temos unanimidade entre os evangélicos, por causa disso precisamos ter a nossa posição bem definida, mas devemos tolerar aqueles que pensam diferente de nós.


3. As razões para tolerarmos uns aos outros - Rm. 14:4-12

a. Devemos receber aquele a quem Deus acolheu - 2 e 3

A melhor maneira de sabermos qual deve ser a nossa atitude em relação a alguém é determinando qual é a atitude de Deus em relação a ele. Se Deus aceitou a alguém quem sou eu para rejeita-lo?

b. Todos pertencemos ao Senhor e vivemos para o Senhor - 4 a 9

Nenhum de nós vive para si mesmo ou morre para si mesmo, pertencemos ao Senhor. Contanto que somos do Senhor não importa a comida que comemos ou a forma como somos batizados ou qual música cantamos.
E se pertencemos ao Senhor precisamos ter cuidado para não julgar um servo alheio. O nosso irmão é servo de Deus e não nosso.

c. Devemos receber aquele que é irmão - 10

Eu devo receber o meu irmão justamente porque é meu irmão. Não escolhemos os nossos pais e nem nossos irmãos, Deus os escolheu por nós. Posso não estar contente com os membros de minha família, mas não tenho escolha, devo aceitá-los.

d. Toda controvérsia será resolvida no tribunal de Deus - 10 a 13

O julgamento referido no verso 10 se refere ao tribunal de Cristo mencionado em II Coríntios 5:10
Porque importa que todos nós compareçamos perante o tribunal de Cristo, para que cada um receba segundo o bem ou o mal que tiver feito por meio do corpo. II Cor. 5:10
Deus nos chama para praticar a tolerância cristã em assuntos controvertidos. Agora, só para ter certeza que você entendeu, lembre-se que este princípio não se aplica ao fundamento da fé cristã nem aos claros absolutos morais. Este princípio de tolerância cristã relaciona-se com diferenças honestas de opinião entre os crentes sobre a melhor forma de aplicar determinados princípios bíblicos. Nesta área, a intolerância cristã deve acabar.
O princípio da tolerância é um requisito mínimo fundamental para que haja vida de comunidade. Lembre-se, porém que Jesus não disse: “Um novo mandamento vos dou, que tolereis uns aos outros, por isso todas as pessoas vão saber que você são meus discípulos, pelo fato de vocês tolerarem uns aos outros.” O padrão do Novo Testamento é uma ética do amor, de amar uns aos outros com amor sacrificial.
O amor vai mais longe do que a tolerância. O amor realmente se coloca diante do outro para servir, para dar de si mesmo para aqueles que têm convicções diferentes. Só desta forma o mundo vai olhar para nós e reconhecer que Deus está realmente em nosso meio

texto do Pr. Aluizio Silva

terça-feira, 9 de janeiro de 2018

Andar só e evangelizar

As pessoas não são iguais, nem exercem os mesmos "papéis" num grupo, nem manifestarão os mesmos dons, mas todos devem "falar" de Deus para as outras pessoas, evangelizar. É lógico que alguns farão isso com resultados melhores que os demais devido ao os dons, propósito de Deus, e características pessoais, mas a ordenança é : Ide/vão...

Em várias passagens das Escrituras a igreja é comparada a um "corpo"(1 corintios 12, Efesios, Colossenses...) com muitos membros, e cada membro tem um papel e é importante em suas funções. A pregação do evangelho sempre é vista como um trabalho de um grupo, dupla... O próprio Senhor Jesus Cristo não andou só, e quando enviou seus discípulos orientou para que não fossem sós; em Atos vemos Pedro e João andando juntos, e Paulo e Barnabé; Paulo sempre é descrito com companheiros na tarefa de levar o evangelho...

Na minha opinião a tarefa da evangelização não deve  ser feita só devido aos vários perigos envolvidos.
Que perigos?
● Perigo da vaidade, isto é se achar auto-suficiente, sem humildade.
● Perigo da solidão, a solidão é algo fora do propósito de Deus, um exemplo disso é a criação de Eva. E na analogia com o corpo uma mão tem grande valor para o bom funcionamento do corpo, mas ela separada do corpo é um apenas um membro sem vida.

● Perigo das tentações, em 1 Pedro 5:8 diz que "o diabo é como um leão, andando ao derredor buscando a quem tragar..." Vemos nos programas de vida animal, que os animais mais fáceis de serem atacados pelos predadores são os que estão sós, dispersos do grupo. Não é? Pois isso também acontece em nossa caminhada cristã, é mais fácil cair em tentação, pecado, aquele que anda só e alheio ao grupo.

● Perigo de pregar e desenvolver heresias, isto é se você está só estuda só, não troca seus aprendizados, suas leituras, conclusões com outros,  como você sabe que não chegou a conclusões erradas?
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É verdade que há grupos que são mais nocivos do que andar só, por isso é preciso muito relacionamento com Deus e discernimento espiritual para conduzir os passos quer em grupo ou só. (mas o ideal é sempre acompanhado!)